Muito bom dia, meus queridos!
É com grande alegria que iniciamos esta caminhada no mês vocacional. E por falar em vocação...
Sabemos, sim, que a vocação suprema e comum a todos nós é AMAR. Sabe-se também que somente quem ama é capaz de confiar. Pedro afundou pelo fato de não ter confiado, não ter acreditado. Ora, se a confiança brota do amor, então Pedro não amou o suficiente?
Não podemos em momento algum chegar a esta conclusão, afinal, quem somos nós para julgar aquele a quem o próprio Senhor confiou a missão de ser o pastor de sua Igreja? Mas podemos, sim, nos colocarmos em seu lugar, nos imaginarmos em lugar daquele que, numa madrugada, e depois de uma manifestação tão expressiva do Senhor diante de tantas pessoas: a multiplicação dos pães, o milagre da partilha; se depara com o Autor de todas aquelas maravilhas. O que eu, em minha inocência, em minha ignorância, minha arrogância, faria se, numa madrugada, me deparasse com o Senhor vindo em minha direção, caminhando sobre as águas sem ao menos se importar com os ventos?
Se me permite, meu irmão, descrever uma hipotética reação comum a todos nós, seria algo semelhante àquela cena narrada no trecho do evangelho de hoje. Muitos de nós, sem dúvida, pediríamos ao Senhor que nos fizesse caminhar junto dele sobre as águas. Não pelo prazer de fazê-lo, mas para que houvessem motivos para que acreditássemos e, sem medo, pudéssemos comprovar que, de fato, aquele que vinha em nossa direção era o Senhor.
Não precisamos de uma barca, uma madrugada, fortes ventos e um lago para que passemos por experiências semelhantes. Quantas vezes, todos os dias, repetimos frases tais como: "meu Deus, me ajude!", ou "Nossa Senhora!" (esta última ainda com mais frequência...). Ora, como se não bastasse, ainda tentamos fazer "barganha": "Se o Senhor (...), prometo fazer (...).".
Não entendeu?
Estas frases repetidas mecanicamente, promessas mirabolantes, só expressam nossa falta de fé. Sabemos que "(...) todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á."(Mt 7, 8). Se acreditarmos, se tivermos fé, basta pedir que o Senhor fará. Não são necessárias barganhas ou coisas parecidas.
O Senhor nos chama a todo momento. Vem ao nosso encontro, suportando as tempestades criadas por nós mesmos em nossos corações, caminhando sobre nossos mares de angústias, disputando espaço em meio às ventanias da nossa incredulidade. Vem do modo mais sereno, dizendo carinhosamente o nome deste filho(a) que se afastou.
Não cabe a nós quaisquer questionamentos. Não cabe nós quaisquer dúvidas. O Senhor apenas espera um SIM.
SIM, SENHOR, VOU AO TEU ENCONTRO, VOU AVANÇAR PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS!
Um grande abraço!
Heitor A. Pereira
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Somente a fé que permanece confiante é que carrega consigo as certezas de coisas que se esperam e a firme convicção de fatos que se não vêem.
Confiança, portanto, não se entrega pela metade, nem nos provê com suas bênçãos se a entrega a ela não for total. E o “total” nesse caso é apenas aquilo que se transforma em descanso. De tal modo que a confiança é medida pelo descanso que a alma experimente enquanto confia.
Confiança deve ser o estado do ser pacificado com Deus. Por outro lado, ninguém é pacificado em Deus se não se entregar em confiança ao amor e à fidelidade de Deus.
Confiança é fruto de alguém saber que nada pode separa-lo do amor de Deus!
Quem assim crê, assim vive!
por Caio Fábio
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