Muito bom dia, meus amigos!
Como é gostoso começarmos o dia nos alimentando da Palavra que vem da boca de Deus, né?
No trecho de hoje temos o momento em que Jesus está na última ceia com seus discípulos. Jesus busca dar inúmeros conselhos e direcionamentos a seus amados alunos. Em um determinado momento, o Mestre se sente agoniado e revela que seria traído por um de seus companheiros.
Muitas vezes acabamos crucificando a pessoa de Judas Iscariotes pelo que se segue. Porém, já passou pela sua cabeça que podemos estar exercendo verdadeiros papéis de traidores de Jesus, também?
Aquela velha máxima ensinada por Jesus acaba se repetindo: enxergamos o cisco no olho do outro, mas não enxergamos a trave que se encontra no nosso...
Mas... quando é que acabamos traindo Jesus?
Primeiro, vamos refletir um pouco como foi essa traição feita por Judas...
Sabe-se que Judas, ganancioso que era, buscava sempre tirar proveito pecuniário das coisas. Na passagem de ontem mesmo o evangelho nos revela a indignação dele quando Maria quebrou o vaso de perfume caro para perfumar Jesus. Deu explicação que com o dinheiro muitos pobres poderiam ser alimentados, mas na verdade nos é revelado que ele era uma espécie de tesoureiro do grupo e que, certas vezes, roubava parte do que trazia na bolsa.
E, impulsionado por toda ganância e egoísmo, mesmo tendo visto toda manifestação do amor do Pai, Judas troca sua liberdade por 30 moedinhas de prata e um beijo falso.
Você já parou para pensar que muitas vezes somos nós, também, que vendemos ou trocamos Jesus por coisas fúteis ou banais?
Trocamos Jesus pelos últimos capítulos da novela, ainda mais se o grupo de oração é na sexta-feira à noite ou mesmo no sábado. Acabamos vendendo nossa santidade, nossa intimidade com Jesus por momentos de sexo e de aventuras. Não amamos, não respeitamos as pessoas, nem ao menos nos importamos com os mais necessitados, como Jesus nos indicou dizendo que qualquer coisas que fizéssemos ao menor dos pequeninos seria a Ele próprio que estaríamos fazendo.
Acabamos vendendo nossa alma ao sucesso, à popularidade, à ganância, ao dinheiro e às diversas maneiras de ganhá-lo facilmente, à sedução... acabamos vendendo nossa alma ao demônio da nossa auto satisfação.
Acabamos entregando os pontos para o comodismo. É muito mais fácil ficar de braços cruzados que fazer alguma coisa para mudar o mundo ao nosso redor.
Certa música afirma que "não é de conveniência que vive o cristão". Eu até completo dizendo que o "verdadeiro" cristão não vive de conveniência, pois, ao longo de minha caminhada já vi tanta gente bater no peito se dizendo que é um ótimo cristão e que, porém, coloca qualquer coisa, qualquer festa, na frente de seu compromisso com sua comunidade ou grupo de oração.
Já vi muita gente enterrando talentos, escondendo os dons debaixo da terra sem, ao menos, se preocupar com o dia em que terá que prestar contas dos talentos recebidos para administrar e multiplicar.
Acabamos, nós mesmos, traindo a confiança que Jesus depositou em nós e (por que não dizer?), mais uma vez crucificando aquele que afirmamos ser nosso Senhor, Rei e Mestre.
Será que não temos sidos, nós também, traidores do amor e da missão que Jesus depositou em nosso corações? A pergunta é feita para você, mas não deixo de me incluir no público ao qual ela é destinada.
O que você e eu podemos fazer para, de fato, podermos afirmar que não traímos Jesus no nosso dia a dia?
O que você tem feito? Será que já é tudo que o Senhor merece receber?
Reflitamos, todos nós, acerca disso tudo.
Não quero ser mais um Judas...
Márcio Gomes Pacheco
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