Muito bom dia, pessoal!
Lembra do nosso papo de ontem? Hoje o Senhor insiste em pedir que continuemos refletindo a questão da possibilidade de, também nós, sermos traidores de Jesus.
Mais uma vez Jesus afirma que seria traído por um dos seus seguidores mais próximos e, dessa vez, chega a mostrar para a própria pessoa tal fato.
Mas o que seria, para nossa realidade, sermos traidores do Senhor?
Para podermos responder essa pergunta, primeiro precisamos entender que o ato de traição em si é, antes de qualquer coisa, se desviar de um acordo, de um trato, de um pacto ou de uma relação.
Quando se trai uma namorada, uma esposa, antes de qualquer coisa um acordo de união a dois não foi seguido. O pacto de fidelidade, de zelo por uma relação não foi respeitado e a atenção foi desviada para outra pessoa.
Com Jesus não é diferente. Não podemos nos esquecer que Ele é completamente apaixonado por cada um de nós, a ponto de dar sua própria vida pela salvação de cada um. Sendo assim, seu zelo O leva a revelar todos os segredos que aprendeu de seu próprio Pai, para que todos nós possamos alcançar vida plena. Assim, Ele nos ensina que o segredo para isso é "amarmos Deus acima de qualquer coisa e ao próximo como a nós mesmos".
Ensina, ainda, através de seus atos que somos nós que devemos ir ao encontro de nossos próximos, semeando a boa nova da paz. Ensina, também, do alto de sua cruz, que não importa o que tenham feito conosco, perdoar e amar é sempre a melhor escolha. Necessário é que sejamos sempre instrumentos da paz, do amor, da partilha, do perdão, da caridade, da doação.
Quando nos afastamos disso, desse projeto de amor, consequentemente significa que nossos olhos estão se voltando para outras coisas. É mais ou menos estarmos namorando ou casados com aquela pessoa que amamos mais que qualquer pessoa e, inexplicavelmente, ficarmos "de olho" em outras pessoas.
Jesus afirma que o adultério nasce no olhar, na intenção, no pensamento. Então, meus queridos, um único pensamento que seja contrário ao que nos é proposto pelo projeto de amor, já é traição. E sendo adultério, necessário nos é aproveitarmos esse tempo de graça, procurarmos um sacerdote e confessarmos nossos pecados, nossas traições a Jesus.
Ninguém é perfeito a ponto de não cometer pecado, mas precisamos focalizar nossa busca de santidade. É como tomar banho todos os dias: independentemente de onde estejamos, do que façamos, vamos ter que nos limpar, no mínimo, ao final do dia. Há pessoas que se limpam em maior número de períodos, melhor ainda!
Se assim somos zelosos com nossos corpos materiais, por que também não o sermos no campo espiritual?
Reflitamos sobre isso e busquemos, sempre, nos reconciliarmos com o Senhor. Caso contrário, sem querermos, acabaremos fazendo com que nosso corpo espiritual vá se sufocando, a exemplo do que acabou acontecendo com o traidor da passagem de hoje.
Vinde, Espírito Santo!
Márcio Gomes Pacheco
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