Edith Stein nasceu em Breslau (Alemanha), hoje chamada Wroclaw e pertencente à Polônia. Era filha de uma família judía que seguia rigorosamente as regras do Talmud. Órfã de pai, ia à sinagoga com sua mãe. Logo sua mãe percebeu que ela o fazia apenas para agradá-la. De fato, Edith já se confessa atéia aos 21 anos de idade.
Desde pequena tinha um grande anseio pela verdade. “Ao que mente uma vez, logo não se dá crédito, ainda que diga a verdade”, disse-lhe uma vez sua irmã Erna, sendo crianças as duas, e disso nunca se esqueceu. “Meu anelo pela verdade era minha única oração”, dirá mais tarde Edith, sempre sedenta da verdade.
Estuda filosofia em Breslau, que rapidamente se torna pequena para ela. Um dia ouviu falar das novas teorias de Husserl, pai da fenomenologia. Foi encontrá-lo em Gottingen, onde Hursserl era professor, e se converteu em sua discípula predileta. Com ele fez sua tese de doutorado, e também com ele a já doutora torna-se professora assistente de cátedra em Friburgo.
Edith buscava a verdade, mas a fenomenologia não lhe saciava essa sua sede, não respondia às questões últimas de sentido da vida. Intuía e desejava uma Verdade Superior, sem saber entretanto que existia. Ela deu alguns passos antes de encontrar essa verdade: algumas conferências sobre temas religiosos que escutou de Max Scheler; ver uma familía que a acolheu em uma excursão rezando; a esperança cristã que viu na viúva de Reinach, professor amigo de Husserl... “Foi para mim o primeiro descobrimento de Cristo no mistério da cruz”. Logo veio o passo definitivo. Um amigo a convida à sua granja. Passa a noite inteira lendo a Autobiografia de Santa Teresa de Jesus. “Ao fechar o livro, disse para mim: isto é a verdade!”. A fenomenóloga Stein havia descoberto, nos fenômenos da alma de Santa Teresa, as pegadas de Deus, Suprema Verdade. Deus a cativou, e já não se separou mais dEle. Tudo mais se desenvolveu rapidamente. A difícil tarefa de comunicar o fato à sua mãe. O batismo, aos 30 anos, com o nome de Teresa. Primeira comunhão. Confirmação. Formação litúrgica na abadia de Beuron...
De todas as partes lhe pediam conferências sobre temas religiosos, com grandes frutos. Estudo de Santo Tomás. Contatos com Heidegger e Pizywara. Visita a Husserl, que seguiu com respeito os seus passos. Segue como professora. Impressionava sua vida interior: “Pela manhã, dizia, o melhor é tomar as rédeas e gritar: Devagar! Minhas primeiras horas pertencem ao Senhor!”. Para animar-se e evitar o nervosismo, tinha esse lema: “Minha vida começa de novo cada manhã e termina cada noite”.
Doze anos levou amadurecendo seus desejos de ser carmelita. Por fim, aos 42 anos, ingressa no Carmelo de Colonia, com o nome de Teresa Benedita da Cruz. Entrega-se totalmente. Descobre e assimila a doutrina de São João da Cruz. Escreve um belo tratado, A ciência da cruz.
Ante à perseguição nazista contra os judeus, vai para o Carmelo de Echt na Holanda. Em 2 de maio de 1942 a Gestapo prende Edith. Dois dias depois é trasladada para a Polônia, com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo. A Cruz Vermelha holandesa publica uma nota: “Edith Stein, nascida em Breslau, foi assassinada em 9 de agosto de 1942 em Auschwitz, com gás”.
Ante à perseguição nazista contra os judeus, vai para o Carmelo de Echt na Holanda. Em 2 de maio de 1942 a Gestapo prende Edith. Dois dias depois é trasladada para a Polônia, com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo. A Cruz Vermelha holandesa publica uma nota: “Edith Stein, nascida em Breslau, foi assassinada em 9 de agosto de 1942 em Auschwitz, com gás”.
“Abraço a Cruz, tinha escrito, com todo meu coração. Com Jesus percorrerei a Via Crucis até o Calvário. Depois gozarei da Lumen Gloriae”. O Papa João Paulo II a declarou Beata em 1 de maio de 1987, e a canonizou em 11 de outubro de 1999.
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