Pregação de Sábado (11/08) - A Misericórdia do Pai


No último sábado tivemos a oportunidade de escutar e refletir um pouco sobre a misericórdia de Deus Pai, que nos amou e nos ama tanto que entregou seu Filho Único para morrer em troca do perdão de todos os nossos pecados.

Segundo o dicionário, misericórdia "é a compaixão suscitada pela miséria, pela dor alheia". Analisando a origem da palavra, temos que misericórdia vem do latim, onde "miserum" é igual a miséria, e "cor" significa coração. Sendo assim, misericórdia é o encontro do coração de Deus com as nossas misérias, nossas fraquezas e nossas limitações. É a ação concreta do amor de Deus em nossas vidas, independente de nossos erros e nossos pecados.

A palavra do Senhor nos dá um grande exemplo da ação misericordiosa do Pai, no evangelho de São Lucas 15, 11-24:

"Um homem tinha dois filhos. O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres. Pouco dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou sua fortuna, vivendo dissolutamente. Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria. Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos para cuidar dos porcos. Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa do meu pai que têm pão em abundância... e eu, aqui estou a morrer de fome! Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando o seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. O filho disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-la, e pondo-lhe um anel no dedo e calçado aos pés. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa".

Podemos analisar através da leitura três aspectos importantes para compreendermos a misericórdia de Deus. Em primeiro lugar, vemos que o filho se afastou do pai. Do mesmo modo acontece conosco quando caímos no pecado. Nos afastamos de Deus e até pensamos que Ele não está conosco...

Em segundo lugar, ao reconhecer a situação de miséria em que se encontrava, depois de ter gasto todo o dinheiro, o filho se lembra do pai e decide voltar e pedir perdão por ter se afastado... Para que a misericórdia de Deus aconteça em nossas vidas é necessário o nosso profundo e verdadeiro arrependimento. É imprescindível que reconheçamos os nossos erros, os nossos pecados, e peçamos o perdão a Deus.

E por último, vemos que quando o filho está voltando, o pai o avista ao longe. Com certeza o pai estava esperando pela volta do filho desde o dia em que partiu. Da mesma forma Deus Pai espera a nossa volta quando estamos no pecado. Ele nos olha a todo instante e nos espera de braços abertos para voltarmos a Ele e nos arrepender de todos os erros.

Na verdade o Senhor em momento algum nos condena pelos nossos pecados. Ele nos ama e nos perdoa sempre! Não é o nosso pecado que nos afasta do amor de Deus. Ele não nos deixa de amar hora nenhuma! O que nos afasta de Deus e impede que a misericórdia d’Ele se realize em nossa vida são as máscaras que colocamos em nós mesmos, escondendo o que realmente somos. Pe. Léo dizia que o que nos afasta de Deus não é o pecado, mas sim nossas máscaras. Quantas vezes fomos realmente verdadeiros com Deus e mostramos tudo aquilo que somos, todas as nossas fraquezas, nossas limitações, nossas misérias?! Até quando vamos nos esconder d’Aquele que nos conhece por inteiro, que sabe tudo sobre nós?!

Irmãos, o Senhor nos chama hoje a escancararmos as portas do nosso coração e deixar que Sua graça se realize em nossas vidas. Que nós possamos nos humilhar diante os Seus pés e reconhecer que sem Ele não somos nada, que somos totalmente dependentes do Seu amor, e que só Ele é capaz de mudar aquilo que não é perfeito em nós. Só assim teremos um verdadeiro e profundo encontro com sua infinita misericórdia.

Louvado Seja o Senhor nosso Deus!

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