A liturgia romana lia um trecho do evangelho que se refere ao episódio da transfiguração no sábado das Quatro têmporas de Quaresma, pondo em relação este mistério com a paixão. São Mateus Evangelista inicia a narração com estas palavras: "Seis dias depois (isto é, após a confissão de Pedro e a primeira predileção da paixão), Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um lugar à parte, em alto monte. Ali foi transfigurado diante deles. O Seu rosto resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz. Com isto Jesus quis manifestar aos discípulos que ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus-conosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar à sua direita, na sua glória.
A festa da Transfiguração do Senhor remonta ao século V, no Oriente. A Transfiguração, que faz parte do mistério da salvação, é bastante merecedora de celebração litúrgica, que a Igreja, tanto no Ocidente como no Oriente, celebrou de vários modos e em diferentes datas, até que o Papa Calisto III elevou de grau a festa, estendendo-a à Igreja universal. O caminho necessário para a ressurreição é, contudo, o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de sua vida pelo perdão dos pecados.
Com a face brilhante de glória, Cristo hoje mostrou no Tabor o que Deus tem no céu preparado aos que o seguem, vivendo no amor.
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