“Abortions will not let you forget.
You remember the children you got that you did not get…”
“The Mother” (1945)
Gwendolyn Brooks, poetisa Norte-Americana.
Medo, ansiedade, dor e culpa são apenas alguns dos sentimentos que muitas mulheres que já se submeteram à violenta prática do aborto referem ter com frequência. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a tratamento psiquiátrico para fazer face a estes sentimentos. E esta realidade está documentada em inúmeros artigos científicos.
Um estudo retrospectivo com 5 anos de duração realizado em duas províncias canadianas expôs uma utilização de serviços médicos e psiquiátricos significativamente mais elevados por parte de mulheres que já tinham sido sujeitas ao aborto. Ainda mais significativo foi o facto de 25% das mulheres sujeitas ao aborto frequentarem consultas de psiquiatria, comparadas com 3% das mulheres do grupo de controlo.
Os investigadores que estudam as reacções pós-aborto nas mulheres referem apenas um sentimento positivo: alívio. Este sentimento é compreensível uma vez que uma grande percentagem de mulheres referem estar sob grande pressão para realizar o aborto. Este sentimento momentâneo de alívio é frequentemente seguido por um período que os psiquiatras designam de “paralisia” ou “dormência” pós-aborto.
Um estudo realizado em 1980 em pacientes submetidas a aborto mostrou que, durante a primeira semana após o aborto, entre 40 a 60% das mulheres questionadas referiram reacções negativas. Dentro de um prazo de 8 semanas após o aborto, 55% expressou culpa, 44% queixaram-se de distúrbios nervosas, 36% de distúrbios no sono, 31% tinha remorsos em relação à decisão de abortar e 11% tinha sido prescrita com medicamentos psicotrópicos pelo médico de família.
Com especial risco de vir a sofrer problemas do foro psiquiátrico estão as adolescentes, mulheres separadas ou divorciadas, e mulheres com um historial de mais de um aborto. Um estudo publicado em 2006 ilustra esta realidade ao mostrar que adolescentes que decidem abortar a sua gravidez intencional são cinco vezes mais propensas a procurar ajuda para problemas emocionais e psicológicos, do que as que em condições semelhantes levam a gravidez até ao fim.
Como muitas mulheres acabam por utilizar a repressão como meio de lidar com o que sentem, a procura de ajuda psiquiátrica pode ocorrer muito depois do aborto ter sido realizado. Estes sentimentos reprimidos, no entanto, podem induzir doenças psicossomáticas ou psiquiátricas noutras áreas da sua vida.
Uma sondagem realizada a 260 mulheres, muitas das quais procuravam informação sobre aconselhamento pós-aborto e que já se tinham submetido a pelo menos um aborto enquanto adolescentes, mostrou que de uma forma geral estas mencionaram ter:
-
“flashbacks” relativos ao momento do aborto
-
crises de histeria
-
sentimento de culpa
-
medo do castigo de Deus
-
receio pelas suas próprias crianças
-
agravamento de sentimentos negativos no aniversário da data do aborto ou quando exposta a propaganda a favor da liberdade de escolha (do aborto)
-
interesse excessivo em mulheres grávidas e em bebés
-
visões ou sonhos com a criança abortada
-
consciência de terem falado com a criança abortada antes do aborto.
Mulheres que tinham um historial de mais de um aborto induzido referiram com mais frequência:
-
um período de forte alívio após o aborto
-
uma história de abuso sexual enquanto crianças
-
ódio aos homens que as engravidaram
-
ter terminado o relacionamento com o seu parceiro após o aborto
-
dificuldade em manter e desenvolver relacionamentos pessoais
-
ter adoptado um comportamento promíscuo
-
ter-se tornado auto-destrutiva
-
começar ou aumentar a utilização de drogas depois do aborto
-
sentimentos de ansiedade
-
medo de Deus
-
medo de outra gravidez
-
medo de ter de recorrer a outro aborto
-
efeitos emocionais tão severos impeditivos de qualquer actividade em casa, no trabalho ou de qualquer relacionamento pessoal
-
ter experimentado um esgotamento nervoso algum tempo após o aborto induzido.
0 Comentário(s). Clique aqui!:
Postar um comentário