por Prof. Reginaldo Pacheco
Quando nos sentimos incapazes para enfrentar grandes desafios, podemos encontrar a força de Deus, através de um bom jejum. Mas o que podemos entender por um bom jejum?
Primeiro precisamos entender o que é o jejum. Muitas pessoas possuem uma concepção equivocada a respeito do jejum, pois acham que jejum só existe quando alguém consegue abster-se completamente de todo e qualquer tipo de alimento.
Existem diversas formas de se fazer um jejum. Então, uma pessoa que não possui o hábito de fazê-lo deve iniciar a sua prática gradativamente, para que não ocorram reações adversas no seu organismo e para que, dentro de algum tempo, consiga atingir estágios mais avançados. Não tem como darmos desculpas, como: “Eu não faço jejum porque eu num dou conta!”. São inaceitáveis!
A experiência do jejum deve ser bem conduzida para que ele seja eficaz na nossa vida. Há três fases no jejum que precisam ser observadas atentamente e com zelo: a preparação, o desenvolvimento e o término.
Na preparação, é bom que se faça uma boa oração de entrega, despojando-se completamente nas mãos de Deus, expondo-lhe qual a intenção do jejum. É importante um momento de clamor pelo Espírito Santo para que Ele venha ser auxílio durante o período de jejum pretendido. É bom lembrar que o fortalecimento pretendido é espiritual!
No desenvolvimento, é preciso muita cautela, para que não se faça do jejum motivo de vanglória pessoal. Isso porque muitas pessoas acabam falando que estão jejuando quando são interrogadas sobre o porquê de não participarem de refeições naturalmente.
E quando isso ocorre, compromete-se o efeito do jejum: “Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa.” – Mt. 6, 16. Segundo Jesus, se queremos uma recompensa do Pai, não podemos demonstrar aos homens quando jejuamos.
Não se pode, então, cometer gestos como o de bater no peito e dizer que se está de jejum, pois isso nada mais é do que um sinal de imaturidade espiritual.
No término, é importante uma boa oração de louvor, em agradecimento a todo o transcorrer do jejum e pela certeza da força espiritual enviada por Deus.
Se fizermos uma viagem por toda a Sagrada Escritura, encontraremos vários exemplos de momentos em que o povo de Deus, diante de grandes desafios, clama pela ajuda do Senhor através do jejum.
O nosso Senhor Jesus Cristo também se utilizou do jejum antes de iniciar sua grande missão. Logo após ser batizado, “foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto...” e ali “jejuou durante quarenta dias e quarenta noites”, sendo fortemente tentado pelo demônio por três vezes - Mt. 4.
O jejum é uma forte arma contra o inimigo de Deus, pois conseguimos enxergar as suas ciladas e assim resistir as suas tentações com os olhos espirituais que nos são dados por esta mortificação da carne. Ele alimenta a alma!
Portanto, é imprescindível que façamos da prática do jejum um hábito, principalmente, em “dias santos” e na preparação para festas litúrgicas – Catecismo - § 2043.
Se você tem um desafio pela frente, comece agora mesmo a se preparar para um bom jejum e experimente a grande força que virá do alto em seu auxílio!
Fiquemos com Deus!
Sugestões de leituras:
II Crônicas 20,3
Esdras 8,21
Daniel 10,2-3
Romanos 8
Livro: Como fazer jejum? – Pe. Jonas Abib.
1 Comentário(s). Clique aqui!:
Ficou muito bom seu artigo, Reginaldo!
muito esclarecedor.. tinha coisas q eu não sabia. gostei!
que Deus continue lhe abençoando!!
Postar um comentário