por Marcio Pacheco
Parte III
Na semana seguinte a mãe dela me intimou a comparecer na sala da diretoria de sua escola..
Em nossa conversa ela deixou claro que não era a favor de um possível relacionamento que envolvesse a filha dela de 15 anos incompletos e um rapaz de 22 anos, pois a diferença de idade era demasiada grande. Ela havia feito grandes projetos de estudos para sua filha e não queria que ela se casasse tão cedo, o que provavelmente iria acontecer se permitisse tal namoro.
Mesmo sabendo da grandeza do sentimento que habitava nossos corações, Anaíle e eu decidimos que não faríamos nada além do abraço da paz enquanto não tivéssemos a bênção de sua mãe. Assim começamos a orar pedindo que, se fosse mesmo da vontade de Deus, que Ele próprio se encarregasse de abrir o coração da mãe dela para nosso amor.
Oramos por quatro meses com essa intenção, sem desobedecer em momento algum a vontade de minha futura sogra.
No dia 14 de maio de 2000, dia das mães, Deus tocou o coração dela mais fortemente e fomos nós que ganhamos o presente mais lindo do dia: a permissão para namorarmos.
Aconteceu assim...
Como sempre, ficamos conversando após o final do grupo de oração, enquanto a mãe dela não vinha buscá-la. Havia sido criado o hábito de me "dar carona" de vez em quando (o detalhe é que eu morava numa ponta da cidade que não tinha nada a ver com o caminho da casa delas) e nesse dia não foi diferente. Porém, ao voltarem para casa delas, a mãe de minha então pretendente percebeu que minha amada estava com os olhos quase transbordando de tristeza e resolveu perguntar se ela tinha certeza de que queria mesmo iniciar uma relação de namoro. E a resposta não foi diferente da que você imagina nesse momento.
...
...
De repente escutei um barulho de motor de carro já familiar e a buzina que veio em seguida confirmou minha suspeita. Para minha surpresa, eleas tinham voltado para a porta da minha casa. Minha futura sogra, então, surpreendentemente falou para nós termos nossa conversa séria, enquanto ela conversaria com minha mãe, dentro de minha casa. O que a Anaíle resolvesse, ela assinaria embaixo.
Ficamos naquela cena: um sentado no carro e o outro escorado na porta.
Não demorou para a famosa frase do "quer namorar comigo?" ser dita por mim. Ela, se fazendo de difícil, ainda perguntou se ela podia pensar e respondi que não... (tem base?)
Somente após a resposta afirmativa foi que demos, finalmente, o nosso primeiro beijo. Um momento mágico, que se perpetuará para sempre em nossos corações.
Uma vez iniciado oficialmente nosso namoro, dirigimo-nos a nossas mães, ajoelhamo-nos e pedimos que elas abençoassem o nosso amor.
Hoje temos 7 anos, 1 mês e 20 dias. Aprendemos que só mesmo na base do triângulo amoroso (nós dois e Jesus) é que conseguimos viver em harmonia e temos a graça de estarmos cada vez mais apaixonados, como se estivéssemos começando a namorar agora...
E sei que nossa história de amor terminará como todos os contos de fadas... e viveram felizes para sempre... porque é o próprio Senhor Jesus quem nos guarda e nos protege...
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ha... o amor é lindo....
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