Bom dia, amados!
É com grande alegria que, prestes a celebrar a festa de nossa mãe, Nossa Senhora Aparecida, estamos aqui hoje refletindo aquilo que o Senhor nos diz.
É interessante e necessário, antes de mais nada, recordarmos o que o Senhor nos diz na primeira Leitura deste dia, da Carta de São Paulo aos Romanos (1, 16-25), onde, de um modo muito claro somos exortados, direcionados a viver a unidade na fé, sem que criemos ídolos, pois o lugar de destaque, único, é do Senhor. Isso já nos remete àquela errônea ideia de que os Santos da nossa Igreja são colocados por nós num lugar acima de Deus. Como disse, é uma ideia errônea, pois os Santos (que não cessam de interceder por nós) são mediadores, aqueles que se tornaram exemplos de fé e modelos de fraternidade cristã.
No trecho do Evangelho segundo São Lucas (11, 37-41), nos deparamos com uma comparação simples, porém, de um significado extraordinário. Ao sentar-se à mesa com um fariseu para tomar sua refeição, Jesus não deixa de observar a maneira com que o fariseu se prepara para a refeição, assim como o fariseu se espanta, ao ver que o cuidado que ele tinha na preparação não existia em Jesus. O Senhor transforma estas constatações em ensinamentos, pois o fariseu temia as impurezas que ele poderia ingerir, sendo que as maiores impurezas já estão presentes em seu coração e não dependem, em momento algum, daquilo que ele ingerir ou não.
A nossa caminhada reflete muito bem esta realidade. Somos cercados pelo medo constante... Nossos pais e avós cultivaram em nós o medo, na tentativa de nos preparar para o que pudéssemos encontrar: "Não faça isso, pois Deus castiga", "(...) o Papai do Céu não gosta, e vai fazer (...)". Acabamos guardando estas maneiras de "fugir dos perigos" conosco. Se estamos vivos somos sujeitos a pecar, errar... Não são condições externas que nos levarão ao pecado. Elas podem até nos influenciar, mas o pecado (para que seja pecado) depende da nossa consciência e vontade.
Estar num determinado lugar ou conviver com alguma pessoa, por exemplo, não quer dizer que isso seja um pecado, um erro. Estar enclausurado, longe de tudo e todos também não quer dizer que não se possa pecar, errar.
Jesus nos diz que, antes de mais nada, precisamos nos preocupar com o que há dentro de nós. O nosso maior tesouro é o nosso coração, e se em algum momento este tesouro se manchar e toda a sua beleza estiver escondida em meio às impurezas, cabe a nós a redescoberta de seus valores inestimáveis.
Que possamos estar atentos à nossa realidade, nossos desejos e ações, para que não criemos para nós ilusões e possamos encontrar a riqueza na simplicidade e no amor.
Grande e caloroso abraço!
Heitor Amaral
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A paz de Jesus!
É aquela questão, Deus vê o coração e não aparências! De que vale saber a Biblia de trás pra frente, se julgar o salvo, mas ficar levantando falso testemunho do proximo, plantando discordia, enfim não sendo exemplo de cristão por onde passa, de que vale? Conhecereis árvore pelo fruto, e para comparar verifiquem a passagem Galatas 5, 19-24. Abraços.
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