Pedro Claver, espanhol, filho de camponeses, decidiu ser padre aos 15 anos. As cartas dos missionários jesuítas entusiasmavam a Europa. Foi a Barcelona estudar e, quando cursava filosofia, pediu admissão na Companhia. Ingressou no noviciado em 1602 e, feitos os votos, foi a Maiorca completar os estudos. Lá ouviu do Ir. Afonso Rodrigues: “A tua missão é nas Índias... Ah! Caríssimo Pedro. Por que não vais também tu recolher lá o sangue de Jesus Cristo?”. Ofereceu-se! Com 30 anos chegava a Cartagena (Colômbia) em 1610. Entregou-se totalmente ao apostolado dos escravos que chegavam entulhados nos navios negreiros, ao ponto de uma escrava afirmar: “... era a defesa geral de todos os negros e negras”. Incompreendido até pelos próprios companheiros, livrou-se do desânimo procurando consolo na cruz. Esgotado e doente, morreu em 1654 com fama de santo. Canonizado por Leão XIII em 1888, declarado padroeiro das missões entre os negros em 1896.
“Assim lhes falávamos, não com palavras mas com obras; e na verdade, estando eles persuadidos de que tinham sido trazidos para ali a fim de serem comidos, de nada teriam servido outros discursos. Sentamo-nos depois, ou ajoelhamos junto deles, lavamo-lhes os rostos e os corpos com vinho, procurando alegrá-los com carinho e fazer-lhes o que naturalmente se faz para levantar a moral dos doentes.”
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